quinta-feira, 3 de maio de 2018

SERIE C: O RETORNO DA TRADIÇÃO - LECCE, LIVORNO E PADOVA DE VOLTA À SERIE B

Lecce, Livorno e Padova conquistaram o acesso direto à próxima Serie B (Fotos: Lecce Pima, Qui Livorno e Padova Calcio)
Nos últimos anos as primeiras divisões do futebol italiano têm sido tomadas por uma enxurrada de clubes que, apesar de centenários, possuem pouca expressão nacional. Eles ocupam os lugares de equipes tradicionais afundadas em dívidas e péssimas administrações. Em cinco anos, times como Benevento, Crotone, Carpi, Frosinone e Sassuolo fizeram suas estreias na Primeira Divisão. Com dinheiro de um empresário local, o sasòl é o exemplo de maior sucesso entre os novatos, com uma inédita classificação à Europa League há duas temporadas. Os exemplos na Segunda Divisão também são muitos: Virtus Entella, Trapani, Latina, Virtus Lanciano, Nocerina, Gubbio... Também não são poucos os times de história que tentam ressurgir, como Verona, Pescara, Cesena, Perugia, Parma, Pro Vercelli e Spal. Alguns chegaram ao sol, enquanto outros estão bem próximos de retornar ao ostracismo, mas fazem parte deste grupo que chegou as duas principais divisões do país nos últimos anos. É neste cenário de incertezas que três esquadras que, juntas, colecionam 70 participações na elite do Campeonato Italiano estão de volta à Serie B. Com campanhas irretocáveis e sentimentos bem diferentes, Padova, Livorno e Lecce foram os campeões de seus grupos na Serie C e garantiram o direito dos seus castigados torcedores sonharem novamente com dias melhores.


ENGASGADO

Difícil encontrar um time que estivesse com o acesso mais engasgado na garganta do que o Lecce. Os giallorossi estiveram na Serie A pela última vez em 2012, quando terminaram na 18ª colocação e foram rebaixados. No entanto, após o final daquela temporada estourou o escândalo de manipulação de resultados que ficou conhecido como “Calcioscommesse”, que consistia em uma grande rede de manipulação de jogos em diversas divisões para beneficiar apostadores em jogos de futebol. O então zagueiro do Bari, Andrea Masiello (atualmente na Atalanta), admitiu que fez um gol contra de propósito no dérbi da Apulia contra o Lecce, que terminou com a vitória dos leccesi por 2 a 1 naquela temporada. Como resultado das investigações, o então presidente do clube, Pierandrea Semeraro, foi banido do futebol por quatro anos, enquanto Masiello sofreu uma sanção de 2 anos e 2 meses. Já o Lecce foi punido com o rebaixamento. Como a equipe já havia caído no campo para a Serie B, os lupi despencaram direto para a Lega Pro (a Terceira Divisão, em 2012-13).

Desde então, os salentini vêm batendo na trave do acesso ano após ano, mesmo com um dos elencos mais caros na Terceirona. Em 2013, o Lecce ficou com a segunda posição no seu grupo, mas perdeu a final dos playoffs para o Carpi. Na temporada seguinte, os giallorossi ficaram com a terceira colocação e chegaram novamente na decisão dos playoffs, mas acabaram derrotados pelo o Frosinone. Em 2015 o modesto sexto lugar frustrou completamente a esperança da torcida sulista, que retornou em 2016, no entanto, a eliminação para o Foggia nas semifinais dos playoffs foi mais um balde de água fria. Na última temporada parecia que a maldição da Serie C ficaria de lado. Os pugliesi começaram o campeonato com força total, abriram vantagem para os rivais, mas foram perdendo fôlego na reta final e acabaram perdendo a vaga direta na Serie B para o Foggia. Mais uma vez nos playoffs, o Lecce não conseguiu passar das quartas de final contra o Alessandria.

Mesmo com a natural desconfiança, a diretoria do Lecce montou novamente um grupo com jogadores experientes e um dos favoritos ao acesso no grupo C, com times da região sul da Itália. A pressão era tamanha que depois de uma vitória e um empate, a derrota acachapante por 3 a 0 para o Catania na terceira rodada culminou com a demissão do técnico Roberto Rizzo. O assistente Primo Maragliulo dirigiu a equipe na quarta rodada e, na semana seguinte, chegou o treinador Fabio Liverani, jogador com passagens marcantes por Lazio, Fiorentina e Palermo, mas que teve poucas e fracassadas experiências no banco de reservas de Genoa, Leyton Orient (Inglaterra) e Ternana. No entanto, a nova mistura deu certo. Depois da saída de Rizzo, os leccesi emendaram uma sequência invicta de 22 rodadas. Trapani e Catania fizeram sombra durante toda a competição, mas com atuações consistentes, o clube da Apúlia garantiu o título do grupo com duas rodadas de antecedência graças ao sistema defensivo eficiente montado por Liverani, que foi vazado apenas 26 vezes em 35 jogos, o melhor desempenho de toda a competição (não apenas do grupo). Destaques também para o vice-artilheiro do grupo C, o atacante Andrea Saraniti (13 gols) e Matteo Di Piazza (10 gols).

Após a vitória contra a Paganese, no último domingo (29/05) e o acesso garantido, a cidade de Lecce explodiu em uma comemoração colorida em amarelo e vermelho. A festa começou dentro do Estádio Via del Mare e se estendeu pelas principais ruas e praças da cidade litorânea. Mais do que alegria pela conquista, era um grito de milhares de pessoas engasgadas com o inferno da Serie C há seis anos.



RESPOSTA

Quem diz que futebol e política não se misturam é muito ingênuo ou não conhece a Itália. Em um país marcado por fortes divisões culturais e berço do fascismo, os extremos são comuns e, muitas vezes, extrapolam os limites da civilidade, com ofensas racistas, descriminação religiosa e brigas entre grupos opostos. Como o futebol não é alheio ao que acontece a sua volta, também sofre com esta complexidade. Se de um lado parte da torcida da Lazio é conhecida por ser de extrema-direita, adorar o ditador fascista Benito Mussolini, exibir faixas antissemitas nos estádios e confrontos violentos contra seus opostos, o lado esquerdo encontra uma fortaleza de resistência na cidade portuária de Livorno. Foi lá que o Partido Comunista Italiano foi fundado em 1921 e se tornou uma das principais oposições ao regime de Mussolini.

Até hoje, a grande maioria da cidade respira os ideais de esquerda. São comuns as manifestações dentro do Estádio Armando Picchi, com as imagens de Che Guevara, do símbolo comunista da foice e o martelo, além de cânticos que exaltam a posição política. Este trecho de uma reportagem da BBC em 2005 explica bastante o sentimento no local:

“’Não há torcedor do Livorno que não seja de esquerda’”, afirma o estudante Christian Biasci, um entusiasmado torcedor, que usava uma camiseta com a inscrição CCCP, da antiga União Soviética. ‘Aqui somos todos comunistas’”.

O principal ídolo do time de futebol da cidade, o Livorno, é Cristiano Lucarelli. Filho de estivadores, ele cresceu dentro da torcida do clube e também passou a ser um expoente comunista dentro e fora do campo, tanto que foi punido por fazer um gesto político durante a comemoração de um gol pela Seleção Italiana sub-21 na década de 1990. Com a bola nos pés, Lucarelli se revelou um grande goleador, mas rodou por diversos outras equipes até chegar à squadra de seu coração, o Livorno, em 2003. Foi com a camisa amaranto que o centroavante explodiu e viveu seu melhor momento. Marcou 29 gols e foi um dos grandes responsáveis por levar os labronici de volta à Serie A depois de longos 55 anos, em 2004.


Mesmo com a inexperiência, aquele grupo comandado por Franco Colomba e, posteriormente, Roberto Donadoni, conquistou a honrada nona colocação na primeira temporada e, na sequência, com as punições a Juventus, Lazio e Fiorentina, herdou a sexta posição em 2006, se classificando para disputar a então Copa UEFA (atual Europa League).

Parecia um conto de fadas para o time amaranto e para a importante cidade toscana, que, enfim, ganharam protagonismo nacional. Porém, mesmo com uma segura 11ª colocação em 2007, o Livorno não resistiu à saída do ídolo Lucarelli na temporada seguinte, se transferindo para o Shaktar Donetsk, da Ucrânia, e acabou rebaixado segurando a lanterninha da Serie A. Nos anos seguintes, os livornesi se tornaram uma espécie de “io-io”, alternando momentos entre as duas primeiras divisões do futebol italiano, até que, em 2016, o clube teve que se desfazer de peças importantes e surpreendentemente caiu para a Serie C depois de 15 anos. Os triglie foram eliminados para a Reggiana nas quartas de final dos playoffs de 2017, mas nesta temporada o time treinado por Andrea Sottil deslanchou.

Mas não foi fácil. Com o elenco mais caro do grupo A, o Livorno começou deslanchando com uma sequência de apenas uma derrota nas 21 primeiras partidas. No entanto, a partir da segunda metade do campeonato, o que era uma campanha tranquila quase se tornou em pesadelo. A equipe ganhou somente cinco jogos dos 15 disputados em 2018 e Andrea Sottil acabou demitido. No entanto, sob comando de Luciano Foschi, os toscanos chegaram a cair para a segunda colocação e, logo, a diretoria recontratou Sottil. Graças aos diversos tropeços dos principais rivais, Siena e Pisa, a squadra amaranto conseguiu retomar a ponta da classificação na reta final e garantiu o acesso direto com uma rodada de antencedência.

Destaque para os 62 gols marcados em 35 rodadas, o melhor ataque de toda a competição. O experiente atacante Andrea Vantaggiato é o artilheiro da equipe com 17 gols, seguidos do jovem brasileiro Murilo, de 23 anos, revelado pelo Barueri e que atuou por três anos no Olhanense de Portugal. Ele já foi às redes em 11 ocasiões e é uma das promessas para a próxima temporada.



DO FUNDO DO POÇO

O tradicional Padova viveu os melhores momentos de sua história de 108 anos entre o final da década de 1940 e o início dos anos 1960, quando era um habitué da Serie A e chegou a terceira colocação na temporada 1957-58, comandado pelo lendário técnico Nereo Rocco, que posteriormente conquistaria dois Campeonatos Italianos, três Coppas Italia, duas Copas dos Campeões e um Mundial de Clubes pelo Milan. Depois deste período, os biancoscudati só retornariam à Primeira Divisão entre as temporadas 1994-95 e 1995-96 e, desde então, flutuam entre a Serie B e Terceirona.

No entanto, o inferno aguardava a torcida do Padova em 2014. Depois de brigar pelo retorno à Serie A, os patavini amargaram um rebaixamento à Serie C na temporada 2013-14. Sem dinheiro em caixa, os novos proprietários, que assumiram o clube no ano anterior, até tentaram se inscrever na Lega Pro (Terceira Divisão, à época), mas não conseguiram honrar com seus compromissos e o clube decidiu se dedicar apenas às categorias de base, abdicando do futebol profissional. Foi então que um grupo de empresários locais de Pádova arrecadaram recursos e fundaram uma nova equipe, o Biancoscudati Padova, que foi inscrita na Serie D, a semiprofissional Quarta Divisão.

Com um sucesso imediato e o acesso tranquilo à Serie C, a squadra retomou o tradicional nome Calcio Padova e precisou lutar por três temporadas até conseguir o sonhado retorno à Serie B. Os vèneti montaram um elenco recheado de nomes experientes, mesclados com jovens das categorias de base do próprio clube e emprestados de outros times das divisões superiores. O técnico Pierpaolo Bisoli, que esteve à frente de equipes das séries A e B recentemente, aceitou o desafio de comando os padovani na Terceira Divisão e, com mais tranquilidade, conseguiu montar um sistema defensivo forte (melhor defesa do grupo B e a terceira melhor de todo o campeonato, com 27 gols sofridos).

Mesmo derrapando na parte final, com apenas um triunfo nos últimos sete jogos, o Padova garantiu a primeira colocação do grupo com sobras, à frente de Sudtirol, Sambenedettese, Reggiana e Feralpisalò, que, apesar dos bons elencos, não conseguiram deslanchar e terão que disputar os playoffs para tentar o último lugar na próxima Serie B ao lado de Padova, Lecce e Livorno.



Foto 1: Lecce Prima
Foto 2: Lecce Prima
Foto 3: Divulgação
Foto 4: Qui Livorno
Foto 5: Qui Livorno
Foto 6: Padova Calcio
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segunda-feira, 8 de maio de 2017

A CINEMATOGRÁFICA CREMONESE ESTÁ NA SERIE B

Jogadores comemoram acesso à Serie B da Cremonese (Fotos: LaPresse, Ib Frame e Studio B12)
Se o presidente do Napoli, o cineasta Aurelio De Laurentiis, produzisse um filme dramático baseado em fatos reais com o futebol de pano de fundo, certamente teria na Cremonese uma ótima fonte de inspiração. No último sábado (06/05), a Cremo precisava de uma vitória simples diante do último colocado Racing Roma para garantir o retorno à Serie B depois de 11 anos. No final das contas, o triunfo aconteceu, mas sem antes uma dose extra de emoção. A equipe treinada por Attilio Tesser chegou à última rodada com os mesmos 75 pontos da vice-líder Alessandria, mas levava vantagem no confronto direto, o primeiro critério de desempate. Quando Stefano Scappini abriu o placar logo aos três minutos, parecia que tudo ia ser tranquilo. No entanto, ainda com chances de escapar do rebaixamento, o time da capital italiana virou o placar com Ravaglia, contra, e o brasileiro Claudio de Sousa, já no segundo tempo. Scappini anotou a a doppietta e voltou deixar tudo igual aos 67 minutos. Enquanto isso, a Alessandria estava derrotando a Pontedera por 2 a 1 e assegurando o acesso. Só que sempre existe um "mas" para a Cremonese. Depois de ter um gol anulado por impedimento, os tigres finalmente chegaram ao terceiro e definitivo gol aos 86 minutos.O atacante Fabio Scarsella aproveitou a bobeada defensiva do adversário nos momentos finais para se tornar o mais novo herói da torcida grigiorossa que compareceu em bom número ao Estádio Giovanni Zini, apesar da forte chuva.


Cremonese e Alessandria, impressionantemente, terminaram o grupo A da Lega Pro empatados com 78 pontos. Porém, como a Cremo venceu o confronto direto por 1 a 0 em casa e empatou em 1 a 1 no Piemonte, ficou com a vaga direta na Serie B. Se você já achou dramática a história do último jogo da Cremonese, saiba que esse foi apenas um capítulo, o encerramento triunfal de um longa-metragem repleto de drama e surpresas.

CRISE
Ao contrário de Venezia e Foggia que chegaram a decretar falência nos últimos anos antes de conquistarem o acesso à segundona nesta temporada, a Cremonese não alcançou o fundo do poço desta forma, mas chegou perto. Em 114 anos de história, o tradicional time da cidade de Cremona, na Lombardia, já disputou a primeira divisão 14 vezes. O último e, talvez o melhor momento do clube foi entre 1989 e 1996, quando esteve na Serie A em cinco temporadas, sendo três consecutivas, entre 1993 e 1996, algo inédito, quando chegaram à 10ª colocação em 1994.

No entanto, os tigres entraram em queda livre nos anos seguintes. Após o rebaixamento à Serie B em 1995/1996, a Cremo segurou a lanterna na segunda divisão e chegou à Serie C1 em 1997/1998. Os lombardos retornaram à Serie B imediatamente, mas voltaram a cair nos campeonatos seguintes e foram parar na Serie C2 no início do século XXI. Foi quando o histórico presidente Domenico Luzarra, que ocupava o cargo desde 1973, abandonou a equipe. Desde então, os violini até tiveram uma passagem relâmpago pela segunda divisão em 2005/2006, mas se tornaram mesmo figurinhas carimbadas das terceira e quarta divisões do futebol italiano.

Após a saída de Luzarra, o ex-jogador do clube na época de ouro Luigi Gualco assumiu a administração da squadra. No entanto, Gualco fracassou e deixou a Cremonese com sérios problemas financeiros em 2007, após a aventura desastrosa na Serie B. Foi quando o empresário do ramo siderúrgico Giovanni Averdi, natural da cidade de Cremona, adquiriu a maioria das ações e salvou o clube da falência. Desde então, os grigiorossi vêm montando times competitivos e brigavam pelo acesso, mas sempre esbarraram na falta de sorte. Os cremonesi chegaram aos playoffs em 2008, 2010, 2012 e 2014, mas acabaram eliminados e bateram na trave.

REVIRAVOLTA
Para a atual temporada, o presidente Averdi apostou no técnico Attilio Tesser, com passagens recentes por Ternana e Avellino na Serie B, e um elenco bastante experiente. Para se ter uma ideia, apenas três jogadores com menos de 27 anos fizeram mais de dez jogos no campeonato, enquanto nove atletas com mais de 30 anos entraram em campo em mais de dez partidas. Com uma média de 28,3 anos, o elenco da Cremonese é o mais "idoso" entre todos os 60 participantes da Lega Pro. Os "vovôs" assimilaram muito bem o simples 4-3-1-2 de Tesser. O atacante e capitão Andrea Brighenti, de 29 anos, marcou 16 gols e foi o artilheiro da equipe, sendo seguido pelo companheiro de área, Stefano Scappini, também de 29 anos, com 12 bolas nas redes. No meio campo, o grande destaque é Gianpietro Perrulli, de 31 anos, que faz exatamente o trabalho de ligação com o ataque. Mesmo saindo do banco em alguns jogos, Perrulli foi responsável por 12 assistências.

No entanto, nem tudo foram flores para a Cremonese durante a temporada. A concorrência com a Alessandria foi dura. Aliás, a rival tinha o elenco mais caro do grupo e era a principal favorita ao acesso direto. Os alessandrini surpreenderam na temporada passada ao chegarem às semifinais da Coppa Italia, quando foram eliminados pelo Milan. O clube do Piemonte também fez um bom papel na Lega Pro, mas acabou eliminado nas semifinais dos playoffs de acesso. O técnico Angelo Gregucci deixou o clube para ser assistente técnico de Roberto Mancini na Inter. O presidente Luca di Masi manteve a base, reforçou ainda mais o elenco e contratou o experiente treinador Piero Braglia. O objetivo seria apenas um: o acesso.

Com a bola rolando, a Alessandria mostrou a superioridade e favoritismo dentro do campo. Os grigi mantiveram uma invencibilidade incrível nas 20 primeiras rodadas, chegando a abrir oito pontos para a própria Cremonese em dezembro do ano passado. Foram 15 vitórias e apenas cinco empates neste período. Parecia que seria o grupo mais chato da Lega Pro, ainda mais quando a própria Cremonese passou por um período de instabilidade entre novembro e dezembro, com uma vitória três derrotas e dois empates, e outro em janeiro, com quatro rodadas seguidas sem ganhar.

No entanto, a Alessandria entrou em parafuso pouco antes da virada de ano. Desde 30 de dezembro, foram oito vitórias, quatro empates e seis derrotas. Um aproveitamento muito diferente do primeiro turno. O calcanhar de aquiles dos ursos cinzas foi, principalmente, o desempenho como visitante. Desde o dia 8 de dezembro, os piemontesi arrancaram três pontos fora de casa apenas contra a Carrararese, que brigava para não cair, e perderam justamente o confronto direto para a Cremonese. Enquanto isso, mesmo com o período ruim em janeiro, a Cremo cresceu de desempenho, perdeu poucos pontos bobos e conseguiu tirar a enorme vantagem do adversário no topo da tabela. Para se ter uma ideia, a Alessandria liderou o grupo da 3ª à 35ª rodada, mas não conseguiu segurar as pontas na reta final, mesmo com o desempenho ofensivo extraordinário de Riccardo Bocalon e Pablo Gonzalez, que marcaram 20 gols cada um. Para completar, Piero Braglia não resistiu ao péssimo desempenho no segundo turno e foi substituído por Giuseppe Pillon para as três últimas rodadas, mas não conseguiu evitar o milagre da Cremonese e terá de se contentar em disputar mais um playoff para tentar salvar a temporada.

Cremonese na Serie B!
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quarta-feira, 26 de abril de 2017

DO INFERNO AO CÉU: OS DIABOS ESTÃO NA SÉRIE B DEPOIS DE 19 ANOS

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Quem acompanha o futebol italiano certamente já ouviu falar do Foggia. O time da região da Puglia entrou para a história como uma das equipes mais revolucionárias entre o final dos anos 1980 e início da década de 1990. Sob o comando de Zdnek Zeman, o estilo ultraofensivo que levou os satanelli da Serie C1 à nona colocação da Serie A (duas vezes) em quatro anos ficou conhecido como Zemanlandia e deu grande visibilidade a jogadores como os que formavam o "tridente maravilha",  Roberto Rambaudi, Francesco Baiano e Giuseppe Signori. Além dos atacantes, o meia Giovanni Stroppa, campeão europeu com o Milan em 1989, chegou ao sul da Itália na temporada 1993/1994 e foi convocado para a Azzurra quatro vezes antes de retornar a Milão. E quis o destino (e o trabalho) que fosse um dos atletas da época de ouro do Foggia um dos responsáveis pelo ressurgimento do clube. Mesmo com o empate diante do Fondi por 2 a 2, no último domingo (23/04), os diabos garantiram o retorno à Serie B depois de 19 anos com Stroppa de treinador. A festa coloriu o Estádio Pino Zaccheria e as ruas da cidade de Foggia com os tradicionais vermelho e preto. Mais do que o acesso histórico, a conquista é um marco no ressurgimento de um clube que esteve muito próximo de fechar as portas em 2012.

Apesar de ter herdado um elenco forte, embora seja apenas o quarto mais caro entre todos os times do grupo C da Lega Pro, a tarefa de Stroppa não foi fácil. Os rossoneri vinham de duas temporadas seguidas com o bom trabalho do técnico Roberto De Zerbi. Na temporada 2015/2016, o Foggia bateu na trave do acesso ao perder a final dos playoffs para o Pisa de Gennaro Gattuso. Mesmo com o desempenho positivo, De Zerbi e a diretoria se desentenderam e o treinador foi demitido. Giovanni Stroppa chegou para apagar o incêndio interno e ainda montar o time. E ele fez muito bem. Para se ter uma ideia, o valor do elenco do Foggia é avaliado em € 4,7 milhões, contra € 5,13 milhões do Matera; € 5,20 milhões do Catania; e € 6,03 milhões do Lecce, de acordo com o site Transfermarkt.

Mesmo com a disparidade financeira, os foggiani brigaram de igual para igual com os leccesi desde o início do campeonato. Os comandados de Stroppa largaram com seis vitórias seguidas, mas o grande teste de fogo surgiu cedo, entre outubro e o início de dezembro de 2016. Em 11 partidas neste período, os diabos venceram duas, contra Monopoli e Catanzaro que brigam contra o rebaixamento. No entanto, a incrível reação do clube rossonero começou após a derrota por 3 a 2 para o Fondi no primeiro turno. O mesmo Fondi que foi derrotado neste final de semana na partida que sacramentou o acesso. A partir do dia 6 de dezembro, o Foggia disputou 57 pontos e ganhou 50, um aproveitamento absurdo de 87,7% em 19 rodadas. Foram incríveis 16 vitórias, dois empate e apenas uma derrota neste período. Enquanto isso, o Lecce tropeçou em jogos importantes e ficou para trás. Mais uma vez, os giallorossi terão de disputar os playoffs para tentar voltar à Serie B. Desde que foi rebaixado diretamente da Serie A para a Lega Pro por causa de manipulações de resultados, em 2012, o Lecce ficou apenas no "quase" e perdeu três matas-matas valendo o acesso.

Coincidência ou não, com a bola rolando, Giovanni Stroppa adota o mesmo esquema tático favorito de Zeman, o 4-3-3. O grande destaque da equipe é o experiente atacante Fabio Mazzeo, de 33 anos. O jogador estava sem clube depois de ter sido dispensado pelo Benevento ao final da última temporada, mas encontrou no Foggia o melhor momento da carreira, com 19 gols marcados no campeonato até o momento. Como o esquema de Stroppa permite bastante a mobilidade dos jogadores ofensivos, o próprio Mazzeo tem sete assistências na conta. Apenas o capitão Cristian Agnelli serviu mais aos companheiros, com nove passes para gol. Por falar em bola na rede, o vice-artilheiro da equipe é o ponta direita Vicenzo Sarno, com oito gols, enquanto pela esquerda Matteo Di Piazza tem cinco gols, e Cosimo Chricò, que divide a posição com Sarno, tem três gols e cinco assistências.

ZEMANLANDIA

O Foggia já havia participado da Serie A na década de 1960 e 1970, quando conquistou a nona colocação em 1964/1965. No entanto, foi nos anos 1990 que os pugliesi ficaram marcados na história do futebol italiano. Zdnek Zeman já havia tido uma experiência na equipe rossonera em entre 1986 e 1987, quando o estilo do treinador que comandava o modesto Licata, da quarta divisão, chamou a atenção dos dirigentes do clube, mas os resultados não apareceram. No entanto, quando o Foggia conquistou o acesso à Serie B, em 1989, o então presidente Pasquale Casillo chamou o técnico tcheco novamente. Dessa vez, a mistura deu muito certo. Após a oitava colocação na primeira temporada, os satanelli  foram campeões da segunda divisão em 1991 com a marca de Zeman: troca de passes rápidos, ofensividade e gols, muitos gols. Foram 67 em 38 jogos naquela campanha. Se dentro de campo o técnico caiu nas graças da cidade inteira, os treinamentos curiosos e diferentes promovidos por Zeman chamaram a atenção. Entre as atividades, estava correr na lama, subir correndo as arquibancadas do estádio e pular cancelas, por exemplo, entre outros métodos nadas convencionais para aprimorar a parte física e técnica dos jogadores.

A partir de 1991, Zeman e o Foggia conquistaram a Itália inteira com a Zemanlandia. Com Rambaudi, Baiano e Signori, os diabos tiveram o segundo melhor ataque na Serie A 91/92 com 58 gols marcados e a pior defesa, também com 58 gols sofridos. No entanto, o futebol envolvente do Foggia levou o time à surpreendente nona colocação logo no primeiro campeonato na volta à primeira divisão. O retumbante sucesso continuou por duas temporadas, até Zeman trocar a Puglia pela capital Roma em 1994 depois de conquistar outra nona posição na Serie A de 1993/1994. O destino do técnico tcheco foi a Lazio e depois a Roma.

O FUNDO DO POÇO

Sem o presidente Pasquale Casillo, o técnico Zdnek Zeman e os principais jogadores, o Foggia foi rebaixado na temporada seguinte, em 1994/1995, e disputou a Serie B pela última vez em 1997/1998, quando terminou na 17ª posição e caiu novamente. Também sem dinheiro para se reerguer, os rossoneri chegaram à Serie C2 em apenas dois anos. Desde então, o Foggia ficou orbitando entre a terceira e quarta divisões. O maior suspiro neste período foi em 2007, quando os diabos terminaram na quarta colocação do grupo B da Lega Pro e perderam a vaga na Serie B nos playoffs.

Pasquale Casillo e Zdnek Zeman tentaram reerguer o Foggia antes da falência (Foto: Divulgação)
Em 2010, Casillo comprou novamente o Foggia e levou com ele todos os diretores do clube na época de ouro, inclusive Zeman. No entanto, a tentativa de um retorno às glorias do passado terminou na pior tragédia da história do clube. Em 2012, Pasquale Casillo entregou as contas ao prefeito de Foggia. Sem ter como pagar a inscrição na Lega Pro, o time foi inscrito nas divisões amadoras do futebol italiano e decretou falência.

O RECOMEÇO

Mesmo com tanta história, o clube corria o risco de ficar fadado a disputar apenas as divisões regionais amadoras. No entanto, um grupo de empresários do ramo da energia elétrica, formado por Franco Sannella, Fedele Sannella e Massimo Curci, adquiriram as ações do Foggia em 2012. A nova gestão começou um processo de profissionalização e empreendedorismo para recuperar o clube. O antigo e tradicional escudo com o símbolo dos diabos foi recuperado e o trabalho, segundo os proprietários, tem como objetivo tornar o o Foggia rentável em conjunto com ações com os torcedores. O primeiro resultado dentro de campo apareceu com o retorno à Serie B depois de 19 anos. Se o projeto vai continuar dando certo, apenas o tempo dirá. No entanto,a festa nas ruas da cidade após a conquista mostra o quanto a torcida estava com saudade de comemorar.
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quarta-feira, 19 de abril de 2017

ESCUDOS: ATALANTA



Duas coisas incomuns chamam a atenção no escudo da Atalanta: o desenho de uma figura feminina e o nome, um dos poucos que não possui uma referência direta a uma cidade, bairro, região ou ponto geográfico, ao lado de Juventus, Internazionale, Sampdoria e Spal, nas series A e B. As duas coisas possuem origem na mitologia grega. No entanto, apesar do apelido do clube ser Dea (Deusa, em português), Atalanta era uma heroína humana, segundo a lenda. O preto e o azul predominantes são comumente confundidos com as cores da Inter. A Atalanta foi fundada um ano antes do que a rival, em 1907, mas o neroazzurro só apareceu pela primeira vez na camisa atalantina 13 anos mais tarde e não teve nada a ver com cópia ou inspiração no time de Milão.

A LENDA

A figura feminina do símbolo da equipe de Bérgamo é uma referência à Atalanta, uma heroína que, segundo a mitologia grega, foi abandona pelo pai no monte Partênio logo após o nascimento, pois ele esperava um menino. Ela foi alimentada por uma ursa até ser encontrada e criada por caçadores. A lenda conta, ainda, que Atalanta cresceu, também se tornou uma caçadora e desenvolveu a habilidade de correr. Ela teria ficado tão rápida e ágil que poderia desafiar até mesmo os deuses mais velozes. Atalanta ganhou fama por participar da caçada ao temido javali de Calidônia. Ela foi a responsável por atingir o animal primeiro com uma flecha nas costas, enquanto Anfiarau acertou uma lança no olho e Meleagro o matou.

O pai de Atalanta, enfim, reconheceu a filha, mas uma profecia de um oráculo dizia que ela perderia suas habilidades assim que se casasse. Para agradar ao pai, ela prometeu que iria se casar apenas com aquele que a vencesse em uma corrida, o que nunca tinha ocorrido. E o preço para quem perdessem seria a morte. Foi então que apareceu Hipomene. Perdidamente apaixonado pela moça, ele pediu a ajuda de Afrodite, que lhe deu três maças douradas. Seguindo o conselho da deusa do amor, o pretendente desafiou Atalanta e deixou as frutas pelo caminho. Encantada, a moça parou para pegar as maças e Hipomene venceu a corrida.

Pintura de Atalanta e Hipomene feita por Guido Reni entre os anos de 1620 e 1629 (Foto: Reprodução)
Os dois se casaram e, diz a lenda, não agradeceram à Afrodite. Enfurecida pela ingratidão, a deusa do amor levou o casal até o templo de Cibele, considerada a mãe de todos os deuses. Atalanta e Hipomene se amaram no local, o que provocou a ira de Cibele. Como forma de punição, os dois foram transformados em leões.

CORES

A Società Bergamasca di Ginnastica e Sports Atletici Atalanta foi fundada no dia 13 de outubro de 1907 e utilizava o uniforme com a camisa listrada verticalmente em preto e branco, além dos calções e meias negras. No entanto, em 1920, houve a fusão com a Società Bergamasca di Ginnastica e Scherma, que também tinha a camisa listrada na vertical, mas com as cores azul e branca. Foi a partir da mescla das duas equipes que surgiu o tradicional neroazzurro da Atalanta, sem qualquer relação com a Inter, que já nasceu com as mesmas cores em 1908.

ESCUDOS ANTIGOS


   
   
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segunda-feira, 17 de abril de 2017

VENEZIA RETORNA À SERIE B COM PIPPO INZAGHI E DINHEIRO AMERICANO

Jogadores comemoram jogando o treinador Filippo Inzaghi para o alto (Fotos: Fotos: Marco Sabadin/Vision)
Quando se fala em Veneza, logo vem à mente os românticos canais que atravessam a pantanosa cidade do nordeste da Itália onde é possível passear em gôndolas, passando sob as charmosas pontes que compõe um dos mais lindos cenários do mundo. No entanto, neste final de semana, Veneza foi a terra do futebol. O tradicional Venezia ficou apenas no empate por 1 a 1 com o vice-lanterna Fano, em casa, mas o resultado, combinado com a derrota do segundo colocado Parma, foi suficiente para os lagunari abrirem 12 pontos de vantagem na ponta da tabela com mais três rodadas pela frente. Com isso, a equipe treinada por Pippo Inzaghi (ele mesmo) garantiu o acesso direto à Serie B depois de 12 anos. 


Neste período, os leoni alati passaram alguns dos piores momentos de sua história. Com 23 participações na Serie A, o clube do Vêneto chegou ao fundo do poço duas vezes. A primeira, em 2005, após a administração de Maurizio Zamparini, que levou a equipe à Serie A, mas abandonou o time ao vislumbrar no Palermo uma oportunidade melhor de investimento. Sem dinheiro, a equipe entrou em crise e decretou falência pela primeira vez. Nos anos seguintes, o Venezia figurou na terceira divisão, até ser excluído do campeonato por graves problemas financeiros na temporada 2008/2009. Um grupo de torcedores até chegou a fundar um novo clube, o VeneziaUnited, com medo de que o clube fosse acabar. Porém, o recomeço aconteceu na Serie D, equivalente à quinta divisão. Depois de quatro anos, os arancioneroverdi retornaram ao futebol profissional em 2012, já sob o comando do empresário russo Jurij Korablin, ex-sargento do exército soviético e ex-prefeito da cidade de Khimki, onde montou uma equipe de futebol e basquete.

Com o investidor estrangeiro, a expectativa era de que o Venezia fosse crescer e voltar às primeiras divisões do futebol italiano. No entanto, o que aconteceu foi exatamente o contrário. Em 2014/2015, Korablin diminuiu drasticamente o investimento no Venezia por causa da crise econômica que culminou com a desvalorização da moeda russa e as sanções financeiras impostas por Estados Unidos e outros países. Sem dinheiro, em 2015 o clube decretou a segunda falência em dez anos. Na temporada seguinte, os veneziani recomeçaram da Serie D, que agora é equivalente à quarta divisão, sob o comando temporário do empresário americano do setor de produtos de limpeza James A. Daniels. No mesmo ano, o cargo de presidência passou para o advogado americano com descendência italiana Joe Tacopina, que passou a ser o dono da maior parte das ações dos leões alados.

Desde que Tacopina assumiu a presidência, o Venezia vem crescendo ano após ano. A equipe conquistou dois acessos seguidos e estará de volta à Serie B em 2017/2018. Aliás, além das participações na primeira divisão, os veneziani são donos de dois títulos da Serie B, em 1961 e 1966, além de uma Coppa Italia, em 1941.

CAMPANHA

Dentro de campo, o Venezia não tem um grande destaque individual, mas o técnico Filippo Inzaghi, uma aposta depois do período ruim à frente do Milan, conseguiu tirar o melhor de um grupo que mescla juventude e experiência. Apesar da história de sucesso do treinador como atacante, o clube não tem o ataque mais positivo do grupo B da Lega Pro, mas possui, de longe, a melhor defesa, com apenas 26 gols sofridos em 35 jogos. Neste sistema defensivo, o goleiro Davide Facchin, de 29 anos, tem sido bastante seguro. O zagueiro Marco Modolo, de 28 anos, é outra peça fundamental no trio de defensores à frente de Facchin. Modolo vive o melhor momento na carreira, após passagens discretas por Parma e Carpi.

Geijo é um dos artilheiro do Venezia na temporada
Com 10 gols, o experiente atacante Alex Geijo, de 35 anos, é o artilheiro da equipe, ao lado de Stefano Moreo, de apenas 23 anos e 1,91m, que pertence ao Virtus Entella, da Serie B. O tridente ofensivo é completado por Marcello Falzareno. O ponta direita fez apenas um gol na temporada, mas o baixinho de 1,67m tem velocidade para cair pelos lados do campo. Falzareno foi contratado no meio de 2016 após passar um ano no Bassano Virtus, que bateu na trave do acesso na última temporada. Além disso, o lateral esquerdo Agostino Garofalo, ex-Novara, de 32 anos, também é uma arma importante do time de Inzaghi. Garofalo foi responsável por 12 assistências no campeonato.

A consistência do Venezia é impressionante. Os lagunari assumiram a liderança do grupo B em definitivo na 18ª rodada e não largaram mais. São 15 partidas seguidas de invencibilidade, com 12 vitórias e três empates. Os comandados de Pippo Inzaghi não perderam ainda em 2016 e, dentro de casa, no Estádio Pier Luigi Penzo, somente uma derrota, para o Padova, em 28 de novembro de 2015. Uma campanha incontestável de um time que deu mais um passo no sonho de voltar a estar entre os grandes.

PLAYOFFS

Com outras equipes fortes, como Padova, Reggiana e Pordenone, que esteve muito próximo do acesso na temporada passada, o grupo B talvez pode ser considerado o mais forte da Lega Pro. No entanto, existia a expectativa de que o Parma pudesse fazer uma campanha melhor. Os crociati começaram o campeonato com o elenco mais caro do grupo e como principais favoritos ao acesso. Porém, os emiliani não mostraram dentro de campo a mesma superioridade dos números. Fora três vitórias, três empates e duas derrotas nas nove primeiras rodadas, um retrato da irregularidade que acompanhou o time durante a temporada. O desempenho não foi suficiente para brigar pelo acesso direto, mas o Parma garantiu com antecedência uma vaga nos playoffs, assim como Pordenone, Padova e Reggiana, graças às derrotas de Santarcangelo e Maceratese na 35ª rodada.

Venezia na Serie B!
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